Não posso deixar passar em branco aqui no meu espaço os tristes episódios que ocorreram com as vacas do Cow Parade
A maioria, para não dizer todas as exposições podem ser observadas em museus ou espaços culturais com forte esquema de segurança em relação às obras. Na concepção do museu tradicional o público é quase um invasor daquele ambiente estático que está sendo exposto. Apenas lemos e olhamos, não é isto?
No início deste ano, por exemplo, quando fui apreciar as obras de Picasso e Monet não podia passar com a unha comprida do minguinho do pé a temida faixa amarela. Caso, acidentalmente, acontecesse logo vinha o segurança com a frase “encabulatória”:
- Por favor, senhora, atrás da faixa amarela.
Só na referida exposição foram dois os meus pedidos de desculpas.
Pois bem, não sejamos hipócritas! Ao invés da desculpa gostaríamos mesmo é de mandar o segurança catar milho. Afinal, foi apenas a unha comprida do minguinho!
Mas agora entendo o porquê deste alto rigor. Algumas pessoas mancham a moral e educação de todo o público, inclusive da grande maioria educada e curiosa que só quer tirar fotos e admirar a criatividade dos artistas.
Numa oportunidade isolada como o Cow Parade que permite que as pessoas vejam, toquem, encostem, abracem, fotografem, zoem as vacas com poses engraçadas e até mesmo ordenhem as ditas cujas, alguns animais irracionais resolvem manchar com a reputação de uma população inteira.
Que feio!
Pena que eles, provavelmente, nunca lerão textos como este porque devem estar às catas de uma nova vítima.
Ilusão Cowótica de Elisa fernandes de Sá